Em alguns locais, a redução nas internações por ataque do coração caiu em mais de 40% após o banimento
Um importante relatório confirma uma crença antiga das autoridades sanitárias: a proibição do tabaco em bares, restaurantes e outros locais com grande concentração de pessoas reduz o risco de ataques cardíacos em não fumantes.
O relatório, divulgado nesta quinta-feira, 15, foi elaborado pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM).
"A evidência é clara", disse o médico Thomas Frieden, chefe dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo federal americano, que encomendou o estudo. "Leis que proíbem o fumo não prejudicam a economia... mas evitam ataques cardíacos em não fumantes".
Entre as conclusões do IOM está a de que não existe um nível seguro para o fumo passivo. E o texto diz que há evidência "convincente" de que menos de uma hora de exposição pode ser capaz de fazer uma pessoa já em risco cardíaco ter um ataque, porque as partículas do tabaco afetam rapidamente os vasos sanguíneos.
Embora o público ligue o tabaco mais ao câncer de pulmão, a doença cardíaca é uma consequência mais imediata. Cerca de 30% de todos os ataques cardíacos nos EUA são relacionados ao fumo, disse Frieden. Fumar ou respirar a fumaça do fumo alheio pode prejudicar os vasos sanguíneos e aumentar os coágulos causadores de ataques.
O relatório avaliou 11 estudos sobre proibição do tabaco nos EUA, Canadá, Itália e Escócia, e encontrou queda no número de ataques cardíacos que vão de ¨% a 47%, dependendo do nível prévio de exposição dos não fumantes à fumaça de tabaco.
A cidade de Pueblo, no Estado do Colorado (EUA) teve uma queda de 41% nas internações hospitalares por ataque cardíaco após a proibição do fumo em locais de trabalho.
O IOM é parte das Academias Nacionais dos EUA, uma instituição independente comissionada pelo Congresso para aconselhar políticas públicas.
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