Memórias de uma época - IV

20120105

Sódio, quanto menos melhor!

O consumo de sódio no Brasil,  
excede largamente 
a recomendação máxima 
para uma boa saúde

Em 13/12/2011, o Ministério da Saúde do Brasil fechou um aditivo ao acordo com associações da indústria alimentícia para a redução da quantidade de sódio em alguns alimentos. O acordo original, assinado em abril do ano passado, procura a redução do sódio nas massas instantâneas e pães (bisnaga e pão de forma), incluindo ainda produtos populares entre crianças e adolescentes, como salgadinhos, bolos e biscoitos.

Agora o acordo foi ampliado em sete categorias de alimentos, para incluir batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, maionese etc. O pão francês é o alimento que requer mais atenção, por ser o mais popular e tradicional.

O documento final (de dezembro), apesar das vantagens e benefícios que traz para a saúde preventiva da população, apresenta um aspecto lamentável. Segundo a Associação de Consumidores Proteste, por ser um acordo, as metas firmadas entre governo e indústria são pouco rigorosas e não determinam o imediato cumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de redução do consumo de sódio. A instituição constatou que a maioria dos alimentos industrializados está com o sódio (ou o sal) acima dos níveis médios recomendados, e vai continuar assim, desse jeito.
O problema é que foi pactuada a redução em cima do teto, e não a partir do teor médio de sódio presente nos produtos atualmente. Ou seja, boa parte das empresas já segue as metas propostas e esses teores ainda são considerados altos (...)

O consumo médio do brasileiro corresponde ao dobro do recomendado pela OMS, que é de 6 a 5 gramas diárias. Se a indústria alimentícia cumprir o acordo, que é voluntário, só em 2020 se atingirá o ideal no consumo diário de sal, ou seja, 5 gramas por dia (PROTESTE, 14/122011).

Entre diversos médicos das sociedades de cardiologia, nefrologia e hipertensão, citados pela Proteste, a opinião corrente é que as mudanças são tímidas e insuficientes para reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares. E que na prática, não vai mudar muito para o consumidor, se o próprio não tomar uma atitude preventiva.

Estudo da Unicamp (2007) revela excesso de consumo de sal entre brasileiros e aponta malefícios de temperos prontos.

Para o governo federal, a redução do sal (e do sódio conservante) em alimentos é a melhor estratégia epidemiológica para a prevenção e o enfrentamento das doenças crônicas, como hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Estas matam, anualmente, cerca de 316 mil brasileiros, vítimas de hipertensão como um dos principais fatores de risco.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a ingestão diária de sal seja de 5 gramas por dia. Os brasileiros ingerem, em médias diária, 12 gramas.


Veja alguns teores de sócio em alimentos comuns, informados nas embalagerns: pão francês (2,5%), bolos prontos (7,5% a 8%), biscoitos doces e salgados (7,5% a 19,5%) e maionese (9,5%), batatas fritas (5%), batatas palhas (5%), mistura para b olos (8% a 8,5%) e os salgadinhos de milho (8,5%).

Então, cabe ao consumidor fazer o controle do consumo do sal e do sódio, voluntariamente, informando-se melhor a respeito e não se deixando levar pelos sabores marcantes do alimentos com sódio acima dos limites aceitos pelos padrões interncionais de saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) lança hoje um guia com orientações para as padarias e outras empresas de alimentação fabricarem o tradicional pãozinho com menor teor de sal. Ele serve também de orientação para as famílias e pessoas, em particular.

A adoção do guia é voluntária. O brasileiro consome em média 3.200 mg de sódio por dia, acima do indicado pela OMS. De acordo com pesquisa do IBGE, mais de 81% dos garotos e 77% das meninas na faixa etária de 10 a 13 anos ingerem sódio além do máximo tolerável. A ingestão excessiva contribui para a pressão alta, doenças cardíacas e renais (ANVISA, 2012). 

Conheça e leve em conta as recomendações do Guia de Boas Práticas Nutricionais para o Pão Francês

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Estatísticas mundiais

Estas estatísticas são aproximações baseadas em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), CIA Factbooks e US Census Bureau, entre outras instituições que fazem levantamentos sobre os diversos itens mostrados. Devido à dinâmica das datas é possível que alguns dados se apresentem contraditórios e não se atinja a acurácia pretendida. Por isso é bom comparar os dados e as informações com outras fontes. O Relógio Mundial e a Calculadora são criações de Poodwaddle.

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