Memórias de uma época - IV

20100211

Atividade solar preocupa

A energia lançada ao espaço pelo Sol, por meio das erupções, podem causar alterações em redes elétricas, telecomunicações, satélites em órbita e até na atmosfera terrestre.


Há alguns anos, a idéia de que o Sol fosse uma estrela variável, não teria tanto favor dos astrônomos e climatologistas (principalmente destes), porque aparentemente ele era constante, como ainda o é para muitas pessoas. Mas essa constância era apenas uma limitação do olho humano.

A verdade é que modernos sistemas telescópicos e espaçonaves têm penetrado o brilho ofuscante do sol e descoberto um imprevisível redemoinho de turbulência, causando erupções solares com o poder de um bilhão de bombas atômicas e nuvens de gás magnetizado (CMEs) suficientes para engolir planetas que estejam em seu enorme camnpo de expansão. Por esses buracos na atmosfera do , a todo momento, saem milhões de rajadas de vento solar; e essas coisas podem acontecer em apenas um dia terrestre.

Durante séculos, os cientistas têm observado que a atividade solar diminui em um ritmo ou ciclo complexo de 11 anos, quando surgem e arrefecem as manchas solares, mas nem sempre é assim, pois o Sol parece ter uma mente própria. Como explica Lika Guhathakurta, da NASA (2010):
Não é sempre de 11 anos. O ciclo varia de 9 a 12 anos. Alguns ciclos são intensos, com muitas manchas e erupções solares, outros são leves, com pouca atividade solar. No século 17, durante um período chamado de ‘mínimo de Maunder’, o ciclo pareceu parar completamente por cerca de 70 anos e ninguém sabe por quê.
Para Guhathakurta, não é necessário ir tão longe no tempo para encontrar um exemplo da imprevisibilidade do ciclo solar. Agora mesmo o sol está saindo de um século na classe de “mínimo solar que quase ninguém tinha previsto”, com o que concorda outro especialista em manchas solares, David Hathaway, do Marshall Space Flight Center (Huntsville, Alabama, EUA): "A profundidade do mínimo solar em 2008-2009 realmente nos pegou de surpresa", o que demonstra o quanto a ciência tem de avançar para obter êxito na previsão da atividade solar.

A propósito, a Nasa lançou, nesta quinta 11, o satélite Solar Dynamics Observatory (SDO), o Observatório da Dinâmica Solar, para monitorar a atividade solar e seus efeitos no chamado "clima espacial". A sonda fará observações do interior do Sol, do seu campo magnético e da corona (atmosfera solar).

Aqui, um vídeo artístico mostrando como foi a colocação do Observatório na órbita da Terra (linha equatorial)


As partículas e a energia lançadas ao espaço pelo Sol, por meio de labaredas e ejeções de massa, podem causar alterações em redes elétricas, de telecomunicações, nos satélites em órbita e também têm o potencial de modificar as características da alta atmosfera terrestre, como a camada de ozônio.

A atividade do Sol segue um ciclo de intensificação e queda de aproximadamente 9 a 12 anos. A intensidade de cada ponto do ciclo é avaliada pelo número de manchas solares observadas. A última máxima solar ocorreu 2000.

Tempestades solares também representam um risco para astronautas: em 2003, um jato de partículas emitido pelo Sol forçou a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) a se refugiar num compartimento especial, para escapar da radiação.

Erupções solares
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Estatísticas mundiais

Estas estatísticas são aproximações baseadas em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), CIA Factbooks e US Census Bureau, entre outras instituições que fazem levantamentos sobre os diversos itens mostrados. Devido à dinâmica das datas é possível que alguns dados se apresentem contraditórios e não se atinja a acurácia pretendida. Por isso é bom comparar os dados e as informações com outras fontes. O Relógio Mundial e a Calculadora são criações de Poodwaddle.

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