Memórias de uma época - IV

20160227

"A espantosa realidade das coisas"

Uma nova jornada espacial 
que vai além de nossos lares

Uma viagem a Marte, normalmente, dura de seis a oito meses, dependendo da sua posição em relação ao Terra. É um tempo muito longo para levar exploradores até o planeta sem atrofiar o sistema muscular e orgânico.

Relevo marciano
Esta semana veio a público o cientista Philip Lubin explicando sua técnica para reduzir o tempo do trajeto, o que já havia deixado os operadores do Sistema de Lançamento Espacial (SLE) da Nasa em polvorosa, desde o ano passado, quando iniciaram os ensaios de laboratório.

A tecnologia de Lubin, chamada de “propulsão de energia direcionada”, é mais ou menos assim: um feixe de laser de alta potência é disparado contra uma espaçonave, acelerando-a até próximo dos 90 mil quilômetros por segundo (30% da velocidade da luz).

A técnica já é usada normalmente em escala molecular e se chama “aceleração eletromagnética de fótons”. A ideia é aplica-la a objetos macroscópicos, como uma nave espacial equipada com velas. Já pensando em ter “sondas relativísticas”, orbitando ao redor das estrelas mais próximas, sem dúvida, esse feito abriria novas possibilidade de voos espaciais dentro do nosso Sistema Solar e também fora dele.

Pelo sistema de Lubin, seria possível acelerar uma grande nave aos já citados 30% da velocidade da luz em apenas 10 minutos, usando a mesma quantidade de energia que os métodos atuais.

Marte, por ser o planeta mais próximo e ser a “bola” da vez, quando o assunto é exploração espacial, não é a meta final de Lubin, pois os cerca de 57,6 milhões de quilômetros da Terra. poderiam ser vencidos em pouco mais de três dias.

Alpha Centauri e Cruzeiro do Sul
Pela mesma tecnologia, seria possível, por exemplo, chegar, dentro de 17 anos, a Alpha Centauri, a estrela mais próxima do nosso Sistema Solar, localizada a 4 anos-luz de distância (ou cerca de 38 trilhões de quilômetros), à esquerda do Cruzeiro do Sul.

— Chegou a hora de começar esta nova jornada, que vai além de nossos lares — disse Philip Lubin.

20150912

Prodígio tecnológico do ser humano

 Sonda leva  a presença  humana 
para o espaço entre estrelas da Via Láctea

Em 5 de setembro de 1977, marquei o início da mais longa viagem que um objeto produzido pela Humanidade faria. Uma emoção especial, sentida através da “Voz da América”, que narrava a decolagem da Voyager 1, levada ao espaço por um foguete Titan III-Centauro e movida por energia de plutônio.



A nave iria passar por todos os planetas do Sistema Solar, além dos globos gasosos e discos de poeira, até atingir a borda da gravidade da nossa estrela Sol.

O locutor falava que o ano previsto para a nave deixar o sistema solar era 2011. Quase acertaram os cientistas(erro de 3%): ela atingiu o ponto em 25 de agosto de 2012, depois de 35 anos transitando em meio a planetas e satélites, cometas, asteroides e poeira do nosso Sol, num percurso de 18 bilhões de quilômetros.



Hoje, 37 anos depois, ela ultrapassou essa borda e, nos últimos três anos, se encontra em rota para o vasto e gélido espaço interestelar, voando à velocidade de quase 30 mil km/hora. Só nessa borda já percorreu mais de 700 milhões de quilômetros, enviando sinais de rádio (na velocidade da luz) e que gastam pelo menos 17 horas para chegar até nós, utilizando potentes rádios de 23 watts em frequência de 8 Ghz. [A luz do Sol gasta cerca de 8 minutos para atingir a Terra.]

Agora, a nave está numa região de transição, sendo surpreendida por “ondas tsunami” de plasma denso (gás ionizado), comum entre as estrelas da Via Láctea. Nesse espaço, ela teria de viajar cerca de 40 mil anos para sair da área de influência da nossa estrela e ingressar no sistema da estrela AC+793888, que estaria passando mais perto do que a vizinha Alpha Centauri.



A nave “Viajante 1” leva consigo objetos, imagens, documentos e placas ilustrativas e outros testemunhos de nossa civilização, do planeta (sons de trovão, cantos de pássaros, de baleias e golfinhos e muita música), saudações de paz em 55 idiomas, mensagem especial das Nações Unidas, 118 imagens (fotos e ilustrações) da Terra. A expectativa atual é que ela siga funcionando até 2015 e mandando “mensagens”.

Um disco de ouro (ainda analógico) com músicas de Bach, Beethoven e Chucky Berry, resume a doce esperança de que um dia, daqui a milhares ou milhões de anos, seres inteligentes de outras galáxias recolham os cacos e decifrem nossa identidade – uma Humanidade que vivia seu momento evolutivo, sob o peso de guerras, degradação ambiental e doenças.



Além da Voyager 1 (cuja rota dirige-se ao hemisfério norte sideral), há também a Voyager 2 (que está em vias de sair do sistema solar em direção do hemisfério sul sideral) e as Pionner 10 e 11 que se dirigem para o fundo a heliosfera, desde 1972.

20120105

Sódio, quanto menos melhor!

O consumo de sódio no Brasil,  
excede largamente 
a recomendação máxima 
para uma boa saúde

Em 13/12/2011, o Ministério da Saúde do Brasil fechou um aditivo ao acordo com associações da indústria alimentícia para a redução da quantidade de sódio em alguns alimentos. O acordo original, assinado em abril do ano passado, procura a redução do sódio nas massas instantâneas e pães (bisnaga e pão de forma), incluindo ainda produtos populares entre crianças e adolescentes, como salgadinhos, bolos e biscoitos.

Agora o acordo foi ampliado em sete categorias de alimentos, para incluir batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, maionese etc. O pão francês é o alimento que requer mais atenção, por ser o mais popular e tradicional.

O documento final (de dezembro), apesar das vantagens e benefícios que traz para a saúde preventiva da população, apresenta um aspecto lamentável. Segundo a Associação de Consumidores Proteste, por ser um acordo, as metas firmadas entre governo e indústria são pouco rigorosas e não determinam o imediato cumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de redução do consumo de sódio. A instituição constatou que a maioria dos alimentos industrializados está com o sódio (ou o sal) acima dos níveis médios recomendados, e vai continuar assim, desse jeito.
O problema é que foi pactuada a redução em cima do teto, e não a partir do teor médio de sódio presente nos produtos atualmente. Ou seja, boa parte das empresas já segue as metas propostas e esses teores ainda são considerados altos (...)

O consumo médio do brasileiro corresponde ao dobro do recomendado pela OMS, que é de 6 a 5 gramas diárias. Se a indústria alimentícia cumprir o acordo, que é voluntário, só em 2020 se atingirá o ideal no consumo diário de sal, ou seja, 5 gramas por dia (PROTESTE, 14/122011).



A adoção do guia é voluntária. O brasileiro consome em média 3.200 mg de sódio por dia, acima do indicado pela OMS. De acordo com pesquisa do IBGE, mais de 81% dos garotos e 77% das meninas na faixa etária de 10 a 13 anos ingerem sódio além do máximo tolerável. A ingestão excessiva contribui para a pressão alta, doenças cardíacas e renais (ANVISA, 2012). 

Conheça e leve em conta as recomendações do Guia de Boas Práticas Nutricionais para o Pão Francês

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20111017

Altruista e cooperativo por natureza

O ser humano é naturalmente 
cooperativo, altruista e social; 
agressivo, egoista e hostil 
somente sob algumas condições

O altruísmo, o bem estar e a sociabilidade foram temas de uma conferência organizada pela Universidade de Washington, em St. Louis, em 2009. Deste evento, participaram especialistas de todo o mundo e de múltiuplas disciplinas (relião, antropologia, psiquiatria, evolução humana, biologia, educação e medicina, entre outras). A intenção dos participantes era analisar os temas com vistas compreender os possíveis fatores que propiciaram o desenvolvimento da cooperação e do altruismo em humanos.

Este encontro resultou no livro Origins of Altruism and Cooperation (Origens do Altruismo e da Cooperação), editado, recentemente, pelos cientistas da Universidade de Washington Robert W. Sussman (antropólogo) e Robert C. Cloninger (psiquiatra). Em relação às causas básicas dos conflitos humanos (competição, segurança e glória) estudadas por Thomas Hobbes, em seu Leviatã (1651), a obra segue em outra direção. A espécie humana, ao contrário do que os noticiários e telejornais sugerem (dando certa razão a Hobbes), não é agressiva, egoista e hostil por natureza.

Na obra de Sussman e Cloninger (2011), os seres humanos são violentos e hostis somente sob condições específicas, como quando se vêem submetidos a pressão, abusos e ao abandono, ou quando sofrem alguma enfermidade mental. No mais, o ser humano é naturalmente cooperativo, altruísta e social.

20101227

Ano (Marciano) do Sistema Solar

O Ano Marciano (de 23 meses) começou em outubro de 2010 e terminará em agosto de 2012 com grandes experiências espaciais históricas, especialmente relacionadas ao Sol e a seu sistema planetário

Para observadores não-científicos e cientistas, devido à grande quantidade de missões espaciais em execução em 2011, a NASA (USA) passou a considerá-lo como o Ano do Sistema Solar (The Year of the Solar System ou YSS, por sua sigla em inglês).


Segundo Jim Green, diretor de Ciência Planetária da NASA, em 2011,
[...] triplicar-se-á a quantidade de lançamentos, de sobrevôos e de inserções orbitais (...) algo sem precedentes na história da Era Espacial (...) Estes eventos se desenvolverão nos próximos 23 meses, que é a duração do ano do Planeta Vermelho (Marte). A história recordará o período que compreende o outubro de 2010 ao agosto de 2012, como uma era dourada para a exploração planetária (Jim Green, 07/10/2010).

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Estatísticas mundiais

Estas estatísticas são aproximações baseadas em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), CIA Factbooks e US Census Bureau, entre outras instituições que fazem levantamentos sobre os diversos itens mostrados. Devido à dinâmica das datas é possível que alguns dados se apresentem contraditórios e não se atinja a acurácia pretendida. Por isso é bom comparar os dados e as informações com outras fontes. O Relógio Mundial e a Calculadora são criações de Poodwaddle.

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