Prodígio tecnológico do ser humano
Sonda leva a presença humana
para o espaço entre estrelas da Via Láctea
Em 5 de setembro de 1977, marquei o início da mais longa viagem que um objeto produzido pela Humanidade faria. Uma emoção especial, sentida através da “Voz da América”, que narrava a decolagem da Voyager 1, levada ao espaço por um foguete Titan III-Centauro e movida por energia de plutônio.
A nave iria passar por todos os planetas do Sistema Solar, além dos globos gasosos e discos de poeira, até atingir a borda da gravidade da nossa estrela Sol.
O locutor falava que o ano previsto para a nave deixar o sistema solar era 2011. Quase acertaram os cientistas(erro de 3%): ela atingiu o ponto em 25 de agosto de 2012, depois de 35 anos transitando em meio a planetas e satélites, cometas, asteroides e poeira do nosso Sol, num percurso de 18 bilhões de quilômetros.
O locutor falava que o ano previsto para a nave deixar o sistema solar era 2011. Quase acertaram os cientistas(erro de 3%): ela atingiu o ponto em 25 de agosto de 2012, depois de 35 anos transitando em meio a planetas e satélites, cometas, asteroides e poeira do nosso Sol, num percurso de 18 bilhões de quilômetros.
Hoje, 37 anos depois, ela ultrapassou essa borda e, nos últimos três anos, se encontra em rota para o vasto e gélido espaço interestelar, voando à velocidade de quase 30 mil km/hora. Só nessa borda já percorreu mais de 700 milhões de quilômetros, enviando sinais de rádio (na velocidade da luz) e que gastam pelo menos 17 horas para chegar até nós, utilizando potentes rádios de 23 watts em frequência de 8 Ghz. [A luz do Sol gasta cerca de 8 minutos para atingir a Terra.]
Agora, a nave está numa região de transição, sendo surpreendida por “ondas tsunami” de plasma denso (gás ionizado), comum entre as estrelas da Via Láctea. Nesse espaço, ela teria de viajar cerca de 40 mil anos para sair da área de influência da nossa estrela e ingressar no sistema da estrela AC+793888, que estaria passando mais perto do que a vizinha Alpha Centauri.
Agora, a nave está numa região de transição, sendo surpreendida por “ondas tsunami” de plasma denso (gás ionizado), comum entre as estrelas da Via Láctea. Nesse espaço, ela teria de viajar cerca de 40 mil anos para sair da área de influência da nossa estrela e ingressar no sistema da estrela AC+793888, que estaria passando mais perto do que a vizinha Alpha Centauri.
A nave “Viajante 1” leva consigo objetos, imagens, documentos e placas ilustrativas e outros testemunhos de nossa civilização, do planeta (sons de trovão, cantos de pássaros, de baleias e golfinhos e muita música), saudações de paz em 55 idiomas, mensagem especial das Nações Unidas, 118 imagens (fotos e ilustrações) da Terra. A expectativa atual é que ela siga funcionando até 2015 e mandando “mensagens”.
Um disco de ouro (ainda analógico) com músicas de Bach, Beethoven e Chucky Berry, resume a doce esperança de que um dia, daqui a milhares ou milhões de anos, seres inteligentes de outras galáxias recolham os cacos e decifrem nossa identidade – uma Humanidade que vivia seu momento evolutivo, sob o peso de guerras, degradação ambiental e doenças.
Um disco de ouro (ainda analógico) com músicas de Bach, Beethoven e Chucky Berry, resume a doce esperança de que um dia, daqui a milhares ou milhões de anos, seres inteligentes de outras galáxias recolham os cacos e decifrem nossa identidade – uma Humanidade que vivia seu momento evolutivo, sob o peso de guerras, degradação ambiental e doenças.
Além da Voyager 1 (cuja rota dirige-se ao hemisfério norte sideral), há também a Voyager 2 (que está em vias de sair do sistema solar em direção do hemisfério sul sideral) e as Pionner 10 e 11 que se dirigem para o fundo a heliosfera, desde 1972.
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