Com base nas premissas da Organização Mundial de Saúde e nas terapias e técnicas experimentadas nas duas últimas décadas do século passado, quando os estudos e teorias sobre os malefícios do estresse passaram a ser comprovados por investigações e pesquisas, recolhemos doze “aconselhamentos” oferecidos pela comunidade científica.
1 Algumas práticas e atitudes muito saudáveis, quando possíveis, devem ser adotadas por todos: o exercício físico (caminhar, correr, executar atividades primárias de limpeza, fazer ginástica, respirar ao ar livre etc. ), o uso de técnicas de relaxamento ou de respiração, a meditação (oração) ou a contemplação... As pessoas precisam reaprender a sonhar (acordadas) como faziam em criança, a comunicar-se com seu inconsciente, a dar ordens positivas a seu subconsciente e a perceber o papel importante das imagens visuais construtivas e da linguagem simbólica interior na saúde das pessoas.
2 Praticar uma espécie de ritual sagrado, como a oração ou a prece, ou simplesmente viver um mito, ajuda a equilibrar emocionalmente o indivíduo, reduzindo o impacto de hormônios estressantes como a adrenalina e a noradranalina em seu organismo.
3 Manter o sorriso e o bom humor em condições de estresse reforça o sistema imunológico e melhora o desempenho dos sistemas cardiovascular, respiratório, muscular, nervoso e hormonal.
4 Fazer uma avaliação realista do que está acontecendo e do que pode vir a acontecer, sem fechar os olhos para os dados negativos da situação, mas valorizando os aspectos positivos, por mínimo que sejam, cria uma atitude otimista e de esperança com o que se resiste ao estresse.
5 Desenvolver os sentimentos afetivos. Emoções que se originam no amor pela vida – alegria, afeição, carinho, excitação sexual ou solidariedade – são benéficas para o organismo.
6 Pessoas de personalidade do tipo A, enérgicas e inquietas, impulsivas, auto-afirmativas, competitivas, devem cuidar de animais de estimação, pois esse relacionamento traz benefícios à saúde, como a baixa da pressão arterial, e, em doentes e idosos, a recuperação do interesse pela vida.
7 O bom e pleno funcionamento do corpo humano, pressupõe cuidados especiais com a pele e os órgãos de contato com o exterior, os membros, os órgãos vitais, a mente e a nutrição, que devem ser praticados regularmente.
8 Nos dias de grande estresse, a alimentação deve ser balanceada com carboidratos, em pequenas porções de cada vez e em vários momentos do dia. Sintomas como raiva, tensão, irritabilidade e incapacidade de concentração se amenizam. Todavia, o café, o chocolate e o chá (preparado com folhas fermentadas) devem ser evitados.
9 Encontrar um som, qualquer som (que seja agradável), instrumental, de uma canção ou de um simples ritmo repetitivo. A música atua diretamente em todos os níveis do ser, estimulando o lado saudável da pessoa. Ela possibilita a emergência de conteúdos emocionais e afetivos que estão mais profundamente bloqueados.
10 Dedicar um tempo para leitura ou audição de contos, histórias e lendas ajuda a explorar a simbologia interior e a reflexão positiva sobre a vida pessoal. Com a metáfora, temos condições de resolver questões enrijecidas e encapsuladas pelo dia-a-dia, difíceis de serem trabalhadas pelo raciocínio lógico.
11 Tentar resolver os problemas estressantes, transformando possíveis desastres em oportunidades. Quando a pressão aumenta, três atitudes são essenciais e devem ser mantidos na linha de frente: compromisso (participar ativamente da vida, em vez de acovardar-se e ficar alienado), controle (tentar influenciar os resultados, em lugar de ser passivamente influenciado por eles), e confronto (aprender continuamente com experiências positivas e negativas).
12 Ser cauteloso com vitaminas e oligoelementos contidos em stresstabs, pois não produzem efeitos reais sobre o estresse.
Observando esses conselhos, constatamos que para se conviver sadiamente com o estresse (e as pesquisas científicas assim o demonstraram) envolve um exame contínuo do nosso sistema de crenças e da nossa visão do mundo, considerando que, se a situação é tida por irremediável, isso acontece apenas porque interpretamos os dados de nossa vida de forma limitada, sem alternativas e sem vontade de explorar outras concepções.
Constatamos, por fim, que as pessoas precisam reconsiderar suas metas de vida, suas razões para viver e sua relação com o cosmo inteiro... As pessoas precisam mudar de vida, se não quiserem sucumbir aos efeitos devastadores da auto-afirmação, da vida competitiva e das exigências comportamentais do mundo capitalista, continuamente estressantes e patológicos.
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